Projeto de verão para o SESC Ipiranga, 2006. Criar uma cidade para jovens. A necessidade de humanizar o concreto leva os jovens a traçarem novos hábitos comportamentais para apropriação das cidades. Oriundos de uma cultura popular urbana, os esportes radicais e as manifestações culturais servem para reinventar e movimentar estruturas que não foram dimensionadas para a alegria e o lazer comunitário. Comportamento coletivo que está desde a gênese da criação do projeto desta Antrópolis: cidade do homem, para o homem, pelo homem.
Se você chegar desavisado ao Sesc Ipiranga, ao subir as escadas, vai notar que este foi tomado pela imagética urbana e seus habitantes mais radicais. Na entrada uma nova estação de metrô da cidade “Antrópolis”, e no fim do corredor você terá acesso a um belvedere onde contemplará a raça humana ocupando centímetro por centímetro, da maneira mais radical possível, o espaço comum. Impossível não acessar suas ramificações escadas/platéias e rampas de acesso universal, e não se integrar a esta enorme diversão comunitária: olhares horizontais entre os freqüentadores, um espaço pensado com respeito ao ser humano, para refletir o comportamento da troca e uso do espaço comum.
• Estação do metrô Antrópolis.
• Belvedere - com acesso a escadaria e a rampa de acesso universal.
• Escadaria que também é arquibancada e é palco.
• Quadra de basquete, que também é palco.
• Calçadão para skate, bicicleta, patins e afins.
• Casa com laje, que abriga o bar no térreo, e na laje a rádio e o espaço para música.
• Área para refeição.
• Mirante e monumento.
• Cemitério de automóveis com mureta com correntes para surf de corrente.
• Garagens de casas que dão acesso a área multi-disciplinar: palco para shows e performances, área para oficinas e palestras, lounge para descanso e ócio dos cidadãos.
• Parque com mesas e bancos, área para feira de trocas, trocas de HQ, leituras de revistas e livros da banca de revista, e bate-papo.
• Banca de revistas e livros e galeria com vitrines dedicadas a HQ e aos Fãs-Clubes.
• Lan-house.
• Cinema.
• Bancos e corrimões espalhados para usos múltiplos.
• Placas e semáforos distribuídos pela cidade.
• Parede para rapel e escalada.
Criação: Julio Dojcsar, Sato e Silvana Marcondes
Projeto de arquitetura: Patricia Silva
Fotos: Zeca Caldeira
Maquete digital: Dhiego Arruda
Nenhum comentário:
Postar um comentário