quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
mindthegap


Salve! desculpe pelo sumiço mas as coisas aqui andaram meio enroladas. Aquele trampo (ShortCuts) continua e tenho gostado dele cada vez mais. O momento agora tem sido de reorganização. Está chegando a hora de apresentá-lo e a cabeça já começa a coçar em busca do próximo.
A novidade é q fiz um site. Não é lá grande coisa - na verdade é meia-boca mesmo - mas eu mesmo fiz. Não dava mais pra adiar isso. Quem quiser dar uma olhada:
segunda-feira, 20 de abril de 2009
exposição TOLERÂNCIA
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Tolerância 1


se estamos falando de dizimar as fronteiras, abrir as portas de casa, experimentar os deslocamentos e migrações... entender o outro...
"Há, sempre, um limite além do qual a tolerância deixa de ser virtude".
Edmund Burke
"A tolerância ou é boa para todos, ou não é boa para ninguém".
Edmund Burke"
"Tolerância é paciência concentrada."
Thomas Carlyle
"A tolerância é a filha da dúvida"
Erich Maria Remarque
"A primeira lei da natureza é a tolerância;
já que temos todos uma porção de erros e fraquezas."
Voltaire
quarta-feira, 8 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
mindthegap




quinta-feira, 2 de abril de 2009

Em dia de arte na vila, a parada é arte na vila ipojuca.
Aqui dá pra estacionar, beber uma cerveja, comer um petisco, ver gente
bonita enquanto a arte rola de todas as formas. E se o barato for o skol
sensation, pré-balada é aqui mesmo. Se é que vc vai conseguir sair daqui.
circulação de processos + laboratório de intenções + work in progress +
música + artes plásticas + teatro + vídeo + cinema + grafite + fotografia
16h00 ABERTURA EXPOSIÇÃO "TOLERÂNCIA"
_CASADALAPA + ACHILES LUCIANO + ANA DUPAS E ANNA TURRA + ATUADORAS + BRUNO
SAGGESE + CIBELE LUCENA + ESTELA LAPPONI + FELIPE BRAIT + JAIME PRADES +
KIKA NICOLELA + LÍBERO MALAVOGLIA + LOK + MAGRELA + MARCOS VILLAS BOAS +
MARIE HIPPENMEYER + MUNDANO + NOMIES + OZI + RENATA SANDOVAL + SANDRA
MARTINELLI + TEO PONCIANO + THAIS TAVERNA
17h00 DJ _NOIZYMAN
19h00 CINEMA | FESTIVAL DO GRAMADO _TRÓPICO DAS CABRAS / FERNANDO COIMBRA +
LOGO, LOGO / VINCENT ROVEN + TERRORISTA / CESAR MENEGHETTI
20h00 DJ _WILL ROBSON + VJ _THOMAZ KLOTZEL [BATALHA DE IPODS]
21h00 POCKET SHOW _CLÁUDIA D¹OREY + VIDEOARTE _GABRIELA GREEB
22h30 POCKET SHOW _NANÁ RIZZINI E BANDA + VJ _THOMAZ KLOTZEL
24h00 DJ _DUDU TSUDA + VJ _THOMAZ KLOTZEL
CASADALAPA AV. RICARDO MEDINA FILHO 904 TRAV. DA TONELERO VILA IPOJUCA LAPA
terça-feira, 31 de março de 2009
interferência.art.br - Entrevistas / Ferréz
Mix com as melhores entrevistas do programa,
o site com todas elas é www.interferencia.art.br.
segunda-feira, 30 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
split up
esse maluco dissecou as pistas originais de superstition do stevie wonder e descobriu que a linha de clavinet mais famosa do mundo é feita de 6 partes diferentes. é gênio ou não é, o little stevie?
terça-feira, 24 de março de 2009
O Amor nos Tempos do Cólera



e, pela primeira vez segurou na sua mão. puxou-a para o seu corpo e a levantou. podia jurar que ouviu seu coração batendo em descompasso. buscou pelo chão os cadernos, livros e canetas que haviam caido. no meio de suas coisas ficou um caderno de anotações. quando se tocou, ela havia sumido. a questão era: ler tudo que estava escrito naquele caderno aproximaria ou distanciaria a possibilidade de poder encontrá-la novamente e perguntar pelo menos seu nome. resolveu a parada e fechou o caderno. uma freada brusca e rente o acordou de seus sonhos. foi correndo ver o que tinha acontecido. uma menina deitada, silenciosa, o outono esvoaçando sua saia. pôde quase ver o sorriso que havia encontrado faz pouco na outra esquina. dia seguinte: foi se despedir. não sabe por que. mas foi. vestiu uma camiseta branca, a calça nova e comprou flores do campo. tudo como queria no seu próximo encontro. estendeu-lhe as flores, deu um beijo carinhoso em seu rosto, disse quem era e que não conseguia parar de pensar nela, que não havia dormido direito e que precisava vê-la novamente. discretamente, devolveu seu caderno de anotações. e soube seu nome. esperou todos irem embora, já era tarde e um vento frio vinha do lado sul. a garoa começou a descer forte. era hora de ir também. pegou seu estilete, dirigiu-se à lápide, e ao lado do nome dela riscou o que tinha sido riscado em seu coração naquele encontrão da tarde passada: - por um momento, mínimo que seja, você foi o amor da minha vida. valeu.
mindthegap

segunda-feira, 23 de março de 2009
Peça pelo número




“Praga é um lugar onde a vida corre através duma propensão estreita entre a existência mundana e supramundana, e não há outro local onde esses dois mundos fiquem tão perto...”
Gustav Meyrink, escritor austríaco
Praga é a capital e a maior cidade da República Checa, situada na margem do Vltava. Conhecida como "cidade das cem cúpulas", é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa, famosa pelo extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural.
Esse esplendor se contrapõe a uma grande quantidade de mendigos que esmolam pela cidade. Durante o regime comunista, isso não acontecia, pois era considerado ilegal não ter um lugar para morar (solução simples para o problema: não tem onde morar? Teje preso!)
Após o fim do bloco soviético e a ‘Revolução de Veludo’ (que separou a República Checa da Eslováquia) isso mudou, hoje estima-se que hajam 5000 sem teto pelas ruas de Praga.
O que chama muita atenção é nesses mendigos é o modo como eles pedem; sempre prostrados de joelhos e com o rosto virado para o chão, quase que em uma prece. É algo que impressiona bastante.
Não sei se pela proibição do passado ou quem sabe só pela vergonha mesmo, mas eles não falam e nem olham nos olhos de quem passa, apenas ficam ali com um recipiente nas mãos esperando uma moeda. Quando vi um deles usando um copo do McDonald’s, me pareceu muito simbólico, era um momento que o regime comunista ainda pairava no ar, mas as corporações estavam entrando com fé no “mercado novo”.
Depois, comecei a reparar que vários outros mendigos também usavam os copos com arcos dourados... Seria só pela vasta oferta desses nas lixeiras ou os caras estavam fazendo um protesto - silencioso, como a própria mendicância?
sexta-feira, 20 de março de 2009
remistura
o back to back consisitia em tocar um trecho instrumental de um vinil e, assim que o(s) compasso(s) se fechasse(m), soltar exatamente a mesma parte, do começo, em um outro vinil igual, criando assim um loop que duraria o quanto a vontade e a habilidade do dj deixassem.
não por acaso o aparelho tecnológico que possibilitava essa manobra - além é claro dos dois tocadiscos - chamava-se mixer.
um misturador, que a princípio foi inventado para suprimir a pausa entre uma música e outra enquanto o dj trocava o disco. assim a discotecagem seria muito mais fluída e a dança nonstop.
quando caras como kool herc, grandmaster flash e afrika bambaataa sacaram que não precisavam esperar a música acabar pra passar o crossfade pro outro lado, deram início a um processo irreversível que hoje é denominado como cultura do remix.
logo, produtores antenados começaram a produzir versões destinadas à nova maneira de tocar desses djs e aquilo que eles faziam "na unha" e ao vivo passou a ser feito em estúdio.
com o advento do sampler, o processo ganhou um aliado poderoso. agora podia-se remixar não apenas um ou dois, mas vários trechos de músicas diferentes para criar uma nova. na mão de grupos como de la soul, public enemy, nwa e de produtores da nova música eletrônica o instrumento ganhava status de imprescíndivel, tal como a guitarra para o rock.
a revolução causada por essa nova maneira de se fazer música não foi pequena. agora a música não era mais feita a partir de sua estrutura mínima, a nota musical, e sim a partir de trechos de outras músicas ou gravações que eram recombinadas para dar origem a uma nova obra, híbrida, que guardava semelhanças com os elementos originais, mas que definitivamente soava como algo novo, diferente e único.
isso fundiu a cabeça de muita gente, bem mais do que quando os tropicalistas inventaram de botar guitarra na mpb. acusações de que aquilo não passava de mero plágio ecoam até os dias de hoje e estão na origem da grande polêmica sobre direitos autorais que estamos vivendo. estamos cansados de ouvir falar de artistas que "não deixam" samplear suas músicas ou "exijem" quantias absurdas de dinheiro para liberará-las. as aspas acima não são à toa. hoje em dia todo mundo sabe que "não deixar" samplear uma música é tão eficaz quanto tentar impedir o download e a troca de arquivos na internet.
mas bem antes do aparecimento da grande rede, o remix, iniciado lá atrás nos back to backs, já havia evoluído muito e alçado djs ao estrelato, ganhando fortunas para rearranjar as músicas de outros artistas. com a popularização dos programas de audio, cada vez mais gente se aventurava na tarefa de modificar canções de outros. mas ainda havia mais por vir.
a cultura do remix, já bem estabelecida, deu um novo salto com o surgimento da web e o advento de um novo tipo específico de remix: o mashup. inicialmente chamado de bastard pop, o mashup consistia em pegar duas ou mais músicas existentes e misturar uma com a outra, criando uma combinação inusitada. pode ser com a base instrumental de uma junto com apenas os vocais de outra, pode ser juntando-se as partes instrumentais das duas, ou juntando trechos de várias músicas ao longo de uma faixa inteira, como faz o girl talk por exemplo. seja lá como for, cria-se uma música nova a partir de outras. não mais de pequenos trechos como no caso do sample, mas de longos trechos ou da música inteira.
um exemplo de mashup que se tornou um clássico do gênero é o do dj allen dean, juntando rapture do blondie com riders on the storm do the doors. é como se a música tivesse sido originalmente composta daquela forma. a base instrumental é do blondie, mas na hora em que debbie harry começaria a cantar quem entra é jim morisson. debbie só entra na parte do rap fazendo a música soar como um dueto entre duas das maiores estrelas da história do rock.
com o impulso da internet o mashup logo saiu do campo estrito da música e invadiu as artes gráficas, o cinema, os quadrinhos e, hoje, praticamente qualquer coisa. videos do youtube são misturados entre si, fotos são fundidas, quadrinhos de um autor como se fossem desenhados por outro, enfim, o limite é dado apenas pela imaginação dos mashupeiros. a idéia por trás da idéia é simples: tudo que existe em matéria de cultura humana pode ser remisturado, rearranjado, reestruturado, reorganizado para criar a partir do que já foi criado. esqueça direitos autorais. na cultura do mashup a arte é propriedade da humanidade e existe para ser transformada. e faz parte do processo dar os devidos créditos do material original utilizado. a graça está justamente em as pessoas saberem o que eram os originais para entender o mashupado. na verdade, quase sempre, o mashup é uma espécie de homenagem aos artistas originais e até agora não ouvi falar de ninguém que tenha ficado rico fazendo mashup. o mashup é oferecido de graça na internet da mesma maneira como foram obtidas as fontes originais, e está lá para ser também usado e transformado. se hoje se diz que é impossível fazer algo realmente novo nas artes, o mashup está aí pra negar e confirmar isso ao mesmo tempo. tudo que é sólido desmancha na rede e tudo que se desmancha se re-solidifica em algo novo. nada se cria, tudo se transforma. lavoisier nunca foi tão atual. viva a cultura do mashup.











os exemplos de mashups que eu coloquei acima foram tirados do blog trabalho sujo, do alexandre matias, que é um grande divulgador de mashups e tem um excelente texto sobre o assunto.